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Segundo ele, a planta não tem nenhuma eficácia no combate do mosquito, pois não atinge índices satisfatórios. De acordo com o especialista é uma ação mirabolante, que não traz resultados positivos.
A afirmação do biólogo tem como base estudos desenvolvidos que apontam que o uso da planta no combate ao mosquito Aedes aegypti tem uma eficiência muito baixa. “Os estudos que nós temos até o momento, nos indicam que o uso da planta crotalária não eficácia no combate a dengue, porque a dengue é uma doença que o seu vetor, o mosquito Aedes aegypti, ele tem seu habitat principalmente urbano e a crotalária seria para atrair um predador, que no caso é a libélula. Mas esse predador não vem muito no ambiente urbano, então a eficiência seria muito baixa. Uma outra coisa é com relação às larvas do mosquito Aedes. Esse estudo também mostra que as larvas da libélula não predam preferencialmente as larvas do mosquito Aedes, uma vez que a libélula só põe seus ovos em grandes depósitos de água e o mosquito depende apenas de uma gotinha de água que pode ser numa tampinha de garrafa. Por isso, o resultado da utilização dessa planta é muito baixo”.
O uso dessa planta não vale a pena segundo o biólogo, pois não surtiria efeito prático algum para controle da dengue e ainda traz uma falsa sensação de segurança à população “Com certeza o efeito do controle da dengue não seria positivo e a gente ainda traria o risco de dar uma falsa sensação de segurança a população e a pessoa poderia estar relaxando com os cuidados básicos. Então além de não ter eficácia, ainda pode trazer essa falsa sensação de segurança que pode ser prejudicial para o agravo”.
O biólogo afirma que o que é eficiente mesmo no combate ao mosquito é a limpeza e eliminação de qualquer recipiente que possa se tornar um criadouro “Ao invés de ficar buscando idéias e soluções mirabolantes o ideal é manter a limpeza e eliminar os criadouros do mosquito mesmo”.
Segundo ele, plantar a crotalária nos canteiros centrais das ruas ou nos quintais de residências não tem efeito nenhum “Ecologicamente falando o encontro da libélula com o mosquito Aedes Egipyti, como são animais que vivem em ambientes muito diferentes, esse encontro seria muito raro. Se eventualmente ocorresse, é claro que a libélula predaria o mosquito Aedes, mas como esse encontro é muito raro, a eficácia desse método seria bastante baixa”.
E deixa claro que o governo do Estado, através da Secretaria de Estado de Saúde não incentiva o uso da planta para combater o mosquito “Eu enquanto biólogo do Estado, e que já trabalhei na Secretaria de Estado de Saúde, o uso da planta crotalária não faz parte das diretrizes do programa Nacional do controle da dengue, então a gente nem pode divulgar enquanto órgão oficial este tipo de controle. Não existe nenhum incentivo oficial do governo do estado, enquanto Secretaria de Estado de Saúde para o uso da crotalária”. fonte:http://www.expressomt.com.br/noticia.asp?cod=128413&codDep=3